Fonte: CLARA ASSUNÇÃO —EXAME. ECONOMIA
O cenário fiscal brasileiro está prestes a passar por mudanças profundas, e grandes players do mercado já estão se adaptando. Com a proposta de unificação de cinco impostos em dois novos tributos – a Contribuição sobre Bens e Serviços (CBS) e o Imposto sobre Bens e Serviços (IBS) –, a reforma tributária promete simplificar a estrutura fiscal, reduzir a burocracia e abrir espaço para ganhos estratégicos.
Nova Estrutura Tributária Promete Simplificação e Menos Burocracia:
A reforma prevê a extinção de tributos como PIS, Cofins, ISS, ICMS e IPI, substituindo-os por um modelo unificado, com início da transição em 2026 e consolidação a partir de 2033. Essa mudança pode facilitar a tomada de créditos e reduzir conflitos fiscais, impactando diretamente o fluxo de caixa das empresas.
Empresas Antecipam Mudanças e Ajustam Estratégias
Empresas como Tigre, Mercado Livre e IBM já estão redesenhando suas operações para se adequar à nova realidade.
- Tigre: Realiza simulações de impacto tributário, investindo em inteligência de dados e modernizando sua equipe fiscal para otimizar processos e reduzir a carga tributária em até três pontos percentuais.
- Mercado Livre: Além de participar ativamente das discussões legislativas, a empresa promove treinamentos internos para que todos os setores se alinhem às mudanças, beneficiando também pequenos vendedores e incentivando a formalização no marketplace.
- IBM: Estruturou um comitê multidisciplinar para modernizar seus sistemas internos, apostando na digitalização e no benchmarking com outras empresas para uma transição eficiente.
Empresas Que Não se Preparam Correm Risco de Prejuízo
Apesar de iniciativas pioneiras, a maioria das empresas ainda não iniciou esse processo de adaptação. Esse cenário ressalta a urgência de uma preparação ampla, já que a reforma não afeta apenas a área fiscal, mas representa uma verdadeira transformação estrutural no ambiente de negócios brasileiro.