Fonte: OPC – news
Com a regulamentação da reforma tributária no início deste ano, o varejo de Santa Catarina iniciou um cronograma de transição para a Nota Fiscal de Consumidor Eletrônica (NFC-e). A medida é obrigatória em todo o país e prepara os estados para a implantação do novo Imposto sobre Bens e Serviços (IBS), que entra em vigor em 2026.
Em Santa Catarina, a migração ocorre de forma escalonada entre março e agosto, com grupos de atividades varejistas sendo incluídos gradualmente. Desde 1º de março, segmentos como farmácias, postos de combustíveis e óticas já estão obrigados a emitir a NFC-e. Supermercados, padarias, restaurantes e perfumarias passam a integrar o sistema entre abril e julho, com universalização prevista para 1º de agosto.
A transição representa um desafio logístico e tecnológico, especialmente para pequenos e médios empresários. Como solução, empresas vêm recorrendo a sistemas de gestão especializados, como o Kigi, desenvolvido pela catarinense Irrah Tech. Integrado à Secretaria de Estado da Fazenda, o ERP automatiza a emissão da nota e centraliza processos de vendas, estoque e finanças, facilitando a adaptação ao novo modelo fiscal.
“A adoção da NFC-e vai muito além do cumprimento da legislação. Trata-se de uma modernização do varejo que pode trazer ganhos de produtividade e controle”, afirma Anderson Santos, analista da Irrah Tech.
A NFC-e unifica a arrecadação em todo o território nacional e permite que o Comitê Gestor do IBS tenha acesso mais transparente às operações comerciais, otimizando a divisão de receitas entre estados e municípios.
Apesar do custo inicial de adequação, especialistas apontam que a digitalização trará benefícios a longo prazo, incluindo a redução de erros fiscais, mais segurança nas transações e maior integração entre empresas de diferentes regiões.
Com a proximidade do prazo final, a expectativa é de que a maioria das empresas se adapte até agosto, consolidando uma mudança histórica na emissão de documentos fiscais no país.